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Dezembro Vermelho: alerta para prevenção da Aids e ISTs

Em 13 anos o Brasil já registrou mais de 300 mil casos de infecção pelo HIV.


O dia 1º de dezembro marca o início da campanha Dezembro Vermelho, que alerta para a população sobre prevenção da Aids e das infecções sexualmente transmissíveis (IST). A data celebra o Dia Mundial de Combate à Aids, instituída em 27 de outubro de 1988 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas e Organização Mundial de Saúde.


Apesar dos esforços para combater a doença, de 2007 até junho de 2019, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 300.496 casos de infecção pelo HIV no Brasil. Desse total, 136.902 (45,6%) na região Sudeste, 60.470 (20,1%) na região Sul, 55.090 (18,3%) na região Nordeste, 26.055 (8,7%) na região Norte e 21.979 (7,3%) na região Centro-Oeste, segundo o Boletim Epidemiológico de HIV e Aids divulgado em 2019.


Embora o Brasil tenha muitos casos do vírus, algumas pessoas desconhecem as reais formas de infecção. Segundo a infectologista do HapVida Saúde, Dra. Silva Fonseca, a doença é adquirida a partir de fluidos corporais, que carregam o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) que ataca o sistema imunológico. “O vírus é transmitido, principalmente, por meio de relações sexuais (oral, vaginal e anal) sem o uso de preservativo. Outras formas de transmissão incluem transfusões de sangue (com o uso de seringa ou agulha contaminada) e transmissão vertical (de mãe para filho) durante a gravidez, o parto ou a amamentação”, explica


Diferença entre HIV e AIDS

O HIV é a sigla em inglês do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que é o causador da AIDS. Por sua vez, a AIDS se trata do estágio mais avançado da infecção por HIV. “O HIV é uma doença sexualmente transmitida que não tem cura, mas tem controle. Então se as pessoas tomarem as medicações e seguirem o tratamento correto, elas não progridem para a pior fase, que é a AIDS”, esclarece a infectologista.


O HIV é uma infecção sexualmente transmissível, que também pode ser contraída pelo contato com o sangue infectado e de forma vertical, ou seja, a mulher que é portadora do vírus HIV o transmite para o filho durante a gravidez, parto ou amamentação.



Prevenção

Diante desse cenário, a prevenção é a melhor e mais eficiente arma para combater a doença. A camisinha ou preservativo continua sendo o método mais eficaz para prevenir muitas doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, a sífilis, a gonorreia e alguns tipos de hepatites em qualquer tipo de relação sexual (anal, oral ou vaginal).


É preciso tomar cuidado também com a possibilidade de se transmitir o vírus HIV durante o compartilhamento de objetos perfuro-cortantes, que entrem em contato direto com o sangue. “É indicado o uso de objetos descartáveis. Se os instrumentos não forem descartáveis, como lâmina de depilação, navalhas e alicates de unha, é indispensável que seja feita a esterilização desses objetos”, orienta.


Vale lembrar que os objetos cortantes e perfurantes usados em consultórios de dentista, em estúdios de tatuagem e clínicas de acupuntura também correm o risco de estarem contaminados. Portanto, exija e certifique-se que os materiais estão esterilizados e, se são descartáveis, sejam substituídos.

Mitos sobre a transmissão do HIV

Posso pegar HIV ao compartilhar o vaso sanitário? Mito! “O vírus HIV não é transmitido através do contato com objetos não-perfurantes, como vaso sanitário, assentos de ônibus ou metrô”, destaca a infectologista.


O HIV pode ser transmitido via oral, abraço ou aperto de mão? Mito! “Mesmo com as campanhas de conscientização, muitas pessoas ainda acreditam que o contágio pode acontecer via pele ou por meio da saliva. A transmissão só ocorre com a troca de fluidos corporais com pessoas infectadas pelo vírus, como sangue, sêmen, fluido vaginal e leite materno. Beijo ou abraço não transmitem o vírus!”, pontua.


Mosquitos podem transmitir o HIV? “Apesar de o HIV ser transmitido por meio do sangue, o vírus não é transmitido via mosquitos ou insetos. Para haver a transmissão, o fluido contaminado deve penetrar no organismo da outra pessoa”, informa.

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