No prato, reunir alimentos dos cinco grupos principais de cores garante a inclusão de todos os nutrientes necessários em cada refeição
Para além do sabor, as cores no prato fazem muito mais pelo nosso organismo do que podemos imaginar. Para os adultos, a experiência já é fascinante. Para crianças, então, essa história abre um mundo fantástico de possibilidades, que despertarão a curiosidade e a consciência para uma alimentação saudável. Segundo a coordenadora do curso de Nutrição da Estácio São Luís, Monique Carvalho, o ideal é um prato de cinco cores com alimentos verdes, brancos, roxo, vermelhos e amarelos/laranjas. “Como bebês e crianças são sensoriais, algo colorido chama a atenção e faz eles terem vontade de comer. Por isso, apostar em pratos com muitas cor é uma boa opção”, explica.
Os pratos coloridos não mexem apenas com o estômago dos pequenos, mas com o aspecto psicológico também. Afinal, faz toda diferença quando o pratinho do bebê é bem colorido. É exatamente o que explica a especialista. “Dos seis meses em diante, o bebê já é muito sensorial, gosta de cores que chamem a atenção. Um prato com porções de cenoura, brócolis, arroz, feijão e carne é um convite para que ele tenha vontade de comer. Além de deixar a alimentação mais divertida”.
Prato com cinco cores
Agora que já conhecemos a importância de um prato colorido na alimentação dos filhos, vamos descobrir quais cores representam cada alimento. Confira!
VERDES: São ricos em cálcio, fósforo e ferro, promovem o crescimento, ajudam na coagulação do sangue, evitam a fadiga mental, auxiliam na produção de glóbulos vermelhos, fortalecem ossos e dentes. Nesta turma, podemos contar com abacate, abobrinha verde, alface, o brócolis, coentro, couve, chuchu, pepino, repolho, vagem e outros.
BRANCOS: Os alimentos brancos costumam ser ricos em vitaminas do complexo B e em flavonoides, que também protegem as células, auxiliam na produção de energia, no funcionamento do sistema nervoso e evitam o aparecimento de coágulos na circulação. Aqui temos: aipo, alho-poró, batata baroa, cará, cebola, cogumelo, couve-flor, inhame, nabo e pera.
ROXOS: Já os alimentos roxos possuem vitamina do complexo B, minerais, potássio e também vitamina C. Além de serem bons para a saúde da pele, nervos, rins e aparelho digestivo e retardam o envelhecimento. Nessa lista, temos: alcachofra, amora, ameixa-preta, azeitona preta, beterraba e cebola roxa.
VERMELHOS: Os alimentos vermelhos são fonte de carotenoides, precursores da vitamina A, bons para o coração, para a memória, fortalece a pele e também os olhos. Nessa turma, podemos contar com a acerola, cereja, maçã, melancia, morango, pimentão vermelho, rabanete e tomate.
LARANJA: Os alimentos com esta são ricos em vitamina C, antioxidante fundamental para a proteção das células. Eles ajudam a manter a saúde do coração, da visão e do sistema imunológico. Entre eles estão: abóbora, mandioquinha, caju, carambola, caqui, cenoura, damasco, gengibre, mamão e manga.
Além dos alimentos verdes, brancos, roxos, vermelhos e laranjas, a inclusão de ovos, leite, frutas cítricas e manga às refeições é uma ótima opção. “Acerola, laranja, limão e manga são excelentes fontes de vitamina C, que atua fortemente no sistema imunológico. O leite é fundamental por causa do cálcio que leva ao organismo, e os ovos, devido à vitamina A e aos aminoácidos”, esclarece Monique.
Alimentação X Imunidade
Garantir uma boa imunidade entre as crianças é um desafio e uma difícil missão aos pais. Isso porque a imunidade está relacionada diretamente com a alimentação saudável, como explica a pediatra do Hapvida, Alinne Barros. “Alimentação tem relação direta no sistema imunológico e na saúde de todos, principalmente na criança. Por isso, ter uma alimentação balanceada na infância ajuda a prevenir possíveis doenças no futuro”, pontua.
Para a médica, um dos grandes problemas enfrentados pelos pais são os produtos industrializados. “Esses produtos contêm grande concentração de açúcares, conservantes, carboidratos e, essa combinação é completamente danosa ao organismo de qualquer pessoa. Com a saúde mais fragilizada, essas crianças ficam mais suscetíveis à doença”, alerta Alinne.
Como mudar essa realidade? “O hábito alimentar precisa mudar, fazendo com que essas crianças aprendam a comer de forma saudável. E isso começa a partir dos pais. Agora se são os próprios pais que compram e consomem o alimento prejudicial à saúde, a criança seguirá o mesmo caminho. Então, a partir do momento que os pais se educam, eles vão educar também as crianças a comerem melhor”, conclui.
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