Não se fala em outra coisa! Nos últimos dias, em razão da grande expectativa pelo lançamento do filme em live action da Barbie, muita gente tem comentado e compartilhado conteúdos sobre a boneca mais famosa, e vendida, do mundo. Com roupas estilosas, maquiagens, músicas e o clássico cor-de-rosa, a nostalgia ganhou espaço e despertou uma curiosidade: afinal, qual a relação entre a icônica boneca e a autoestima na vida real?
A Mattel, empresa responsável pela Barbie, almejava criar uma figura feminina que fosse mais do que apenas uma boneca: uma inspiração para a imaginação e um símbolo de independência, ambição e criatividade para meninas em todo o mundo. Ao longo das décadas, a linha de bonecas expandiu para abranger a diversidade, incluindo diferentes etnias, profissões e estilos de vida, o que permitiu que as crianças se vissem representadas no universo da brincadeira.
Essa representatividade é um importante passo em direção à construção da autoestima desde a infância. Segundo a psicóloga da Hapvida NotreDame Intermédica, Débora dos Santos, essa qualidade se associa justamente às linguagens. “A autoestima se relaciona ao nosso self talk, ou seja, nosso diálogo interno. E os pais são uma espécie de arquitetos ou engenheiros na primeira fase de crescimento das crianças. Até os 7 anos de idade, os pequenos são muito observadores e absorvem tudo do ambiente em que estão”, explica.
Então, quando as crianças ouvem e recebem palavras e atitudes positivas ou negativas, a tendência é que os efeitos moldem como elas mesmas se veem. “É preciso estar atento, pois a autoestima, que se relaciona ainda ao nosso bem estar corporal, ou seja, a autoimagem que temos, também acaba estando muito ligada a como a sociedade determina o que é belo ou feio, bom e ruim no geral. O ideal é que essa influência seja positiva, mesmo que a pessoa enxergue aspectos negativos também”, afirma a psicóloga.
O legado da Barbie na autoestima
Padrões de beleza, especialmente impostos às mulheres ao longo dos anos, também afetam a visão que elas têm de si mesmas. Por isso, a importância da busca pela diversidade de estilos, pensamentos, modos de ser e se vestir se torna essencial. Promover discussões abertas sobre a diversidade de corpos, beleza e profissões reais, além do desenvolvimento de interesses e habilidades individuais de meninos e meninas, bem como se percebe na evolução da Barbie, é crucial para uma autoestima positiva.
A história da boneca é repleta de transformações e aprendizados, sendo uma figura que inspirou gerações de meninas a sonhar alto e buscar suas paixões. Ao mesmo tempo, ela desafiou e continuará desafiando a indústria de brinquedos a ser mais inclusiva e responsável em relação à representação do corpo e da beleza feminina.
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