Projeto da Defensoria leva discussões sobre valorização da pessoa negra a estudantes em Ribamar
Cerca de 50 pessoas, entre assistidos e estudantes do ensino básico de São José de Ribamar, tiveram a oportunidade de participar do ciclo de palestras “Identidade, Igualdade e Justiça”, promovido pelo Núcleo Regional da Defensoria naquela comarca, integrando atividades do projeto Educação em Direitos e Cidadania, desenvolvido pela Defensoria Pública em escolas da capital.
O encontro marcou as comemorações ao Dia Nacional da Consciência Negra e discutiu aspectos históricos e socioculturais da descendência afro no Brasil, bem como mecanismos de combate às desigualdades que poderão ser adotados na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
“Nossa sociedade precisa conhecer a história e a contribuição da população negra para o país. A construção desse olhar pautado no respeito e na valorização do povo negro deve começar bem cedo, especialmente no ambiente escolar. Daí a importância de ações como esta, que apresentam a jovens e assistidos, dados históricos e possibilitam maior familiaridade com as conquistas e os desafios que este segmento enfrenta diariamente”, afirmou o defensor-geral Alberto Bastos, que prestigiou a abertura do encontro.
O gestor ainda parabenizou a iniciativa dos colegas defensores públicos Éviton Marques da Rocha, Bruno Antônio Barros Santos, Carlos Eduardo Araújo Rebouças Chagas, Clara Welma Florentino e Silva, Énis Viegas de Souza. Também participou do encontro, a defensora Jaqueline Sampaio de Castro, representando a Associação de Defensores Públicos do Estado do Maranhão.
Segundo o defensor e coordenador do núcleo de Ribamar, Éviton da Rocha, o evento surgiu da necessidade de conscientizar a população, especialmente a de Ribamar, sobre esse tema de grande relevância nos dias atuais. “A Defensoria em sua essência promove o bem-estar, os direitos e a inclusão dos cidadãos socioeconomicamente vulneráveis. Portanto nada mais salutar que essa aproximação, esse diálogo, para refletirmos sobre necessidades que vão além da orientação jurídica, ampliando a nossa visão para as necessidades da comunidade”, destacou, ressaltando que o diálogo deve continuar com temas voltadas às comunidades LGBT, à mulher, à população indígena, dentre outros.
Discussões - Na ocasião o comunicador, DJ e diretor do Museu de Reggae do Maranhão, Ademar Danilo, falou sobre a história do reggae no Maranhão e de como a população criou uma identidade tão forte com o estilo musical, além de ressaltar a importância para a valorização do ritmo. A graduanda em Direito Keysse Dayana versou sobre a busca pelo protagonismo, igualdade de oportunidades, educação, cultura, cidadania, dentre outros assuntos relacionados ao fortalecimento do segmento.
Outro assunto que chamou atenção dos alunos do Centro de Ensino Estado da Guanabara, de Ribamar, e de populares, foi o apresentado pelo professor Werlys Santos. “Venho trazer uma palavra de auto-confiança e respeito próprio. Acredito que o primeiro obstáculo que enfrentamos na luta contra o racismo é não gostar de nós mesmos. Precisamos reverter a ideia secular que a negritude é uma coisa feia, de menor valor. Precisamos acreditar em nosso valor, em nossa integridade humana, para ganhamos força, sermos empoderados, nos sentimos confiantes para enfrentar o racismo em outras dimensões” destacou.
Além das palestras, ainda aconteceram oficinas de turbante, maquiagens, e apresentações culturais realizadas pela Entidade Negra Afro Aruanda, conduzida por Anistelmo Damião.
Assessoria de Comunicação
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