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Pré-eclâmpsia: conheça os fatores de risco para esse problema na gravidez


Associada a um conjunto de sintomas que afetam a pressão arterial e o funcionamento de vários órgãos, a pré-eclâmpsia pode ocorrer durante a gravidez e ser potencialmente perigosa tanto para a mãe quanto para o bebê. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Rede Brasileira de Estudos sobre Hipertensão na Gravidez, estima-se que 80 mil mortes maternas e 500 mil mortes fetais ocorram por ano no mundo em decorrência de doenças hipertensivas na gestação. No Brasil, a estimativa é de que a pré-eclâmpsia atinja cerca de 1,5% das gestantes.


Os fatores de risco desempenham um papel crucial na predisposição à pré-eclâmpsia, embora nem todas as gestantes que possuem esses fatores venham a desenvolvê-la. O ginecologista e obstetra da Hapvida NotreDame Intermédica, Antônio José Chaves, enumera alguns aspectos. “É uma doença específica da gestação, diagnosticada pela presença de hipertensão arterial. Placentação deficiente, predisposição genética, quebra de tolerância imunológica, resposta inflamatória sistêmica e desequilíbrio venoso são alguns fatores implicados que causam morbidade e mortalidade materna e fetal”, explica.


Mulheres que já tiveram pré-eclâmpsia em gestações anteriores têm um risco maior de desenvolvê-la novamente. Além disso, se houver histórico dessa condição na família, as chances também podem aumentar. Em mulheres que estão grávidas pela primeira vez o risco é ligeiramente maior, devido à falta de exposição prévia a fatores que podem desencadear a doença.


O profissional também destaca o sobrepeso como fator que pode implicar na pré-eclâmpsia. “Mulheres com sobrepeso ou obesidade antes da gravidez têm um risco aumentado. O excesso de peso está ligado a distúrbios metabólicos que podem contribuir para a doença”, afirma.


É importante lembrar que os médicos realizam uma série de exames e monitoramento durante a gravidez para detectar e gerenciar a pré-eclâmpsia. Caso a condição seja diagnosticada, o tratamento adequado é fundamental para garantir a saúde da mãe e do bebê. As mulheres grávidas devem fazer consultas regulares ao médico pré-natal e comunicar quaisquer preocupações ou sintomas incomuns que possam surgir durante a gestação.


Sintomas e Diagnóstico


Embora a pré-eclâmpsia possa variar de leve a grave, é crucial estar atenta aos sinais. Inchaço súbito nas mãos e rosto, ganho rápido de peso, dor abdominal persistente, visão turva e dor de cabeça intensa são sintomas que podem indicar a condição. Através de exames de pressão arterial e análises de proteínas na urina, os médicos podem diagnosticar a pré-eclâmpsia e avaliar sua gravidade.

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