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Férias e tempo de tela: como regular?



Distraídos diante de vídeos, filmes, séries e diversos conteúdos online: num primeiro momento, a quietude dos pequenos diante dos celulares e computadores parece ser um alívio aos pais. É inegável que as telas oferecem entretenimento e conexão social instantânea, mas o que acontece quando esses dispositivos se tornam os protagonistas das férias? Com o excesso de telas, crianças e adolescentes podem perder a oportunidade de vivenciar experiências enriquecedoras e interações pessoais importantes para seu desenvolvimento, mesmo durante o período de descanso.



O professor do curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio São Luís, Alexandro Cruz, destaca o desinteresse pela vida social como um dos aspectos negativos das telas em excesso. “Percebe-se que as famílias estão tão ocupadas ou distraídas que os aparelhos funcionam para ocupar esse vazio nos pequenos. Como a criança fica quieta, imagina-se que esteja tudo bem e não é verdade. É preciso ter muita atenção no tempo online gasto porque a tendência é que o desânimo pelo contato presencial persista”, afirma.



O uso prolongado de dispositivos eletrônicos tem sido associado a uma série de problemas de saúde, desde a fadiga ocular até distúrbios do sono. Além disso, o tempo excessivo online pode contribuir para o isolamento social e afetar a saúde mental. Durante as férias, quando o tempo livre é mais abundante, é fundamental equilibrar as atividades digitais com outras formas de lazer e socialização.



Incentivar atividades ao ar livre, esportes, leitura de livros físicos e interações face a face pode não apenas contrabalançar os efeitos negativos do uso excessivo de telas, mas também enriquecer as férias com memórias duradouras e aprendizados significativos. “Estabelecer rotinas, limites em relação ao consumo dos aparelhos eletrônicos é essencial. Além disso, o envolvimento emocional das famílias no sentido de estímulos mais enriquecedores também é importante”, explica o professor.



Então, enquanto jogos e aplicativos educativos podem ter seu lugar, a moderação é a chave. “As férias são uma oportunidade para explorar o mundo real, estimular a criatividade e construir relacionamentos, longe das restrições de pixels e algoritmos”, conclui o especialista.

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